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Entrevista com Pitty

  • Foto do escritor: Mujigae Publisher
    Mujigae Publisher
  • 18 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Continuando nossa série de entrevistas com artistas do vale, hoje teremos a Priscila, mais conhecida como Pitty. Uma autora super dedicada ao caos da própria mente, usando tudo a seu favor para criar universos fantásticos com muitos risos e raivas. Não esqueça de deixar seu like e comentar algo para a autora se sentir amada <3


Iris: Se apresenta pra gente!!

Qual o seu nome, sexualidade, identidade de gênero e pronomes?


Pri: Meu nome é Priscila sou uma mulher-cis e pan uso os pronomes ela/dela.


Iris: É um prazer te ter aqui nessa entrevista, Priscila! Conta pra gente como sua identidade LGBTQIA+ influencia sua escrita?


Pri: A escrita me ajudou a entender melhor a minha sexualidade, eu nunca tive um gosto padrão para me interessar pelas pessoas, sempre gostei de pessoas e não sabia o que isso significava, até que comecei a escrever personagens semelhantes a mim e vi que eles eram panssexuais e foi assim que acabei me conhecendo melhor.


Iris: Perfeito… e como você vê o papel da escrita na representação e na luta pelos direitos da comunidade?


Pri: A literatura, assim como a arte no geral, é uma forma de expressão e com ela é possível abrir debates, gerar reflexões, ensinar alguma coisa, etc. Assim como pode ser apenas uma válvula de escape para quem produz e/ou para quem lê dando um descanso da luta, um conforto para a mente, podendo assim recuperar as forças e enfrentar os problemas reais.


Iris: Durante sua trajetória de vida e como escritora, quais desafios você enfrentou como escritora LGBTQIA+ e como os superou ou tem superado?


Pri: Ser escritora em um país que não valoriza a cultura já é uma dificuldade no geral, escrever sobre minorias restringe o público e o crescimento tende a ser mais lento, então todo dia é um desafio para encontrar um público que se interesse por minhas obras. Tenho superado com persistência, buscando me manter presente nas redes sociais e divulgando ao máximo, mas admito que é bem cansativo.


Iris: Existem temas ou questões específicas relacionadas à comunidade que você se esforça para explorar em sua escrita?


Pri: Em todas as minhas histórias eu procuro fazer algum tipo de reflexão e discussão de temáticas importantes para a sociedade, mesmo em Jogo Perverso que é um Dark Romance, existem momentos que se fala de sexo seguro, por exemplo. A literatura não tem obrigação de ensinar nada, mas esse é o meu meio de me comunicar com o mundo e atingir muitas pessoas, então aproveito para tratar temas que acho pertinentes.


Iris: Você acredita que há espaço para mais diversidade de experiências ou representatividade na escrita mainstream?


Pri: Sim, quanto mais diversidade tivermos, mais ricas as histórias ficarão, afinal a vida imita a arte e a arte imita a vida.


Iris: Como você acha que a representação LGBTQIA+ na mídia e na cultura popular tem evoluído ao longo dos anos ou é puro oportunismo? O que você pensa sobre quem usa isso para se promover?


Pri: A representação tem evoluído bastante nos últimos anos tanto por pessoas que realmente querem fomentar cultura para o público LGBTQIAP+ quanto para aquelas que visam o Pink Money. Com isso o número de materiais com as mais diversas formas de representações estão surgindo e isso é muito legal. O problema nisso tudo são as pessoas que não entendem (nem tentam entender) sobre as diversidades e criam personagens caricatos ou baseados em seu próprio preconceito e depois dizem que aquilo é representatividade, ainda tem aquelas pessoas que são preconceituosas no off e fingem apoiar para manter o público e o Pink Money. As coisas estão melhorando, mas ainda existe muita luta pela frente.


Iris: E qual é o maior mito ou estereótipo sobre a comunidade que você gostaria de desafiar ou desmistificar através de sua escrita?


Pri: Que pessoas pans se atraem por panelas (risos)


Iris: KKKKK! Esperamos que mais pessoas apreciem e conheçam seus futuros trabalhos, Priscila! ♥ Por último, que conselho você daria a outros artistas e escritores LGBTQIA+ que estão lutando para encontrar sua voz ou lugar na indústria?


Pri: Escrevam, divulguem, se unam, façam contatos e não tenha medo, mesmo que sua história faça a diferença na vida de uma única pessoa (a sua) já está cumprindo um papel muito importante no mundo.

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